1.
Criança vem à consulta de vigilância dos 18 meses. Mãe mostra preocupação porque, segundo o Enfermeiro lhe disse, o aumento do peso do seu filho terá sido menor nos últimos 6 meses, tendo em conta o padrão de aumento de peso que tinha até aos 12 meses. Algo que ela já suspeitava porque desde há alguns meses que tem a perceção que o filho resiste bastante mais à ingestão alimentar. Pergunta se o filho pode "fazer umas vitaminas ou, então, umas análises para ver se está tudo bem". O exame objetivo da criança é normal. Verifica-se uma diminuição na evolução do percentil de peso, que passou do percentil P50-P85 para o percentil P15-P50 nas últimas 2 consultas de vigilância. Como orientar?
2.
Utente, sexo masculino, 67 anos, antecedentes pessoais de HTA, DPOC e dislipidemia. Vem a consulta por cansaço e emagrecimento não intencional, com apetite preservado, desde há 4 meses, associados a palpitações e episódios recorrentes de diarreia. Ao exame físico, apresenta PA de 124/72mmHg, pulso 92 bpm, temperatura 37,2°C, mucosas coradas, ligeira exoftalmia, sem massas ou dor à palpação cervical. Traz resultados de análises, das quais se destaca TSH 0,012mU/L (baixo) e T4L 9,5 ng/dl (elevado). Qual é o anticorpo que espera encontrar aumentado neste quadro?
3.
Utente, sexo feminino, 20 anos, sem antecedentes de relevo, vem a consulta aberta por entorse do tornozelo esquerdo há 3 horas. Que sinal/sintoma da utente o faria ponderar prescrever um raio-x da articulação tibiotársica?
4.
Utente, sexo feminino, 21 anos, G1P0, com idade gestacional de 10 semanas. Vem a 2ª consulta de vigilância de gravidez de baixo risco. Traz estudo analítico do primeiro trimestre onde se destaca: Hb = 10,5g/dl; Ht = 31,7%; VCM = 61 fl; HCM = 20 pg; eritrócitos = 5,16 milhões. Verifica no processo da utente que, pelo menos desde os 16 anos, sempre manteve uma anemia assintomática que não respondeu a suplementação com ferro oral. Como orientar esta utente?
5.
Lactente, sexo masculino, 15 meses de idade, vive com a mãe e 2 irmãos sendo o elemento mais novo de familia monoparental, socialmente desfavorecida. Tem o plano nacional de vacinação completo. Não cumpriu todas as consultas de vigilância do 1º ano de vida. De acordo com os registos, tem evoluído no percentil de peso 15-50. Iniciou a diversificação alimentar aos 5 meses. Fez aleitamento materno até aos 12 meses. A partir dos 12 meses, tem feito essencialmente a mesma dieta que os seus irmãos mais velhos. A mãe vem a consulta aberta com o lactente após recurso à urgência hospitalar onde foi estabelecido o diagnóstico de pneumonia. Encontra-se preocupada com o estado de saúde do filho, pois acha-o mais frágil e com menos apetite. Refere também que tem perceção que mudou o seu trânsito intestinal, passando agora a ter dejeções mais abundantes e com odor fétido. Nega febre. Ao exame objetivo, apresenta auscultação pulmonar e cardíaca sem alterações, SpO2 96%, eupneico em repouso, sem sinais de dificuldade respiratória. Abdómen mole e depressível, indolor, sem massas ou organomegalias. Em relação à evolução estato-ponderal, verifica-se que em relação ao peso desceu um percentil, encontrando-se agora no percentil 3-15. Como orientar esta criança?
6.
Lactente, sexo feminino, 7 meses, parto eutocito às 38 semanas, apgar 9-10-10, plano nacional de vacinação atualizado, sem antecedentes de relevo. Os pais vêm à consulta aberta preocupados porque a filha teve contacto há 2 dias com uma criança que teve diagnóstico confirmado de sarampo. A lactente apresenta ótimo estado geral e sem alterações ao exame objetivo. Como orientar?
7.
Lactente, sexo masculino, 7 meses, parto eutócito às 37 semanas, apgar 7-9-9, gravidez vigiada na unidade de saúde, sem intercorrências. Vem a consulta de vigilância. A avaliação do desenvolvimento mostra o reflexo de Moro presente bilateralmente, sustentação firme da cabeça e capacidade de procurar os sons emitidos, dirige olhar a objetos fora do seu alcance e tem capacidade de mudar a sua posição quando deitado. Contudo o lactente não se senta sem apoio, ainda não gatinha, não diz palavras-frase e estranha a presença do médico. Que característica motivaria a referenciação à neuro-pediatria?
8.
No utente com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, são intervenções farmacológicas associadas a aumento da sobrevida dos utentes:
9.
Utente, sexo masculino, 35 anos, IMC 31 kg/m2, não fumador. Vem a consulta por quadro de pirose e regurgitação que persiste há 3 meses. Nega vómitos. Nega dor torácica. Nega rouquidão ou tosse. De acordo com o registo clínico, o seu há 6 meses era de IMC 30 kg/m2. Qual a abordagem inicial para este utente?
10.
Das seguintes opções, qual representa uma contraindicação absoluta para o aleitamento materno?
11.
Jovem, sexo masculino, 24 anos, fumador 10 UMA, IMC 19 kg/m2, vem ao serviço de urgência por dor pleuritica a esquerda de início súbito, com um dia de evolução, que agrava com esforços e melhora com repouso. Apresenta frequência respiratória de 20 cpm, frequência cardíaca de 65 bpm, saturação em ar ambiente de 94%, apirexia e está assintomático em repouso. No raio-x do tórax observa a que a pleura visceral se encontra afastada da pleura parietal cerca de 2 cm ao nível do ápex pulmonar esquerdo. Qual a atitude terapêutica mais correta?
12.
Utente, sexo masculino, 66 anos, antecedentes de hipertensão, fibrilhação auricular, dislipidemia, hiperplasia benigna da prostata e perturbação depressiva. Vem transferido de unidade de outra ARS. Já não tinha consulta há 2 anos. Decide fazer uma revisão da medicação habitual do utente. Esta intervenção enquadra-se em que nível de prevenção?
13.
Utente, sexo masculino, 78 anos, antecedentes de hipertensão, diabetes mellitus e angina estável. Vem a consulta aberta por agravamento da sua gonartrose já conhecida. Refere que tem feito paracetamol, mas que não tem sido insuficiente para controlar a dor. No exame objetivo não apresenta alterações em relação ao seu habitual. Qual o tratamento farmacológico que prescreveria como 1ª linha?
14.
Utente, sexo masculino, 47 anos, fumador 25 UMA, vem a primeira consulta na unidade. Realiza intervenção breve para cessação tabágica. Afere que o utente não pretende parar já de fumar mas considera parar de fumar nos próximos 6 meses. Como orientar este utente?
15.
Que unidade funcional de um Agrupamento de Centros de Saúde é responsável por fornecer serviços de consulta de psicologia às unidades de cuidados de saúde personalizados e unidades de saúde familiar?
16.
Utente, sexo masculino, 86 anos, diagnóstico recente de cancro do pâncreas. Vem a consulta com o filho porque quer esclarecer dúvidas sobre o testamento vital. Gostava de nomear um procurador de cuidados de saúde e pergunta-lhe se existe alguma limitação na pessoa que pode escolher. O que deve responder?
17.
Relativamente à terapêutica farmacológica para a cessação tabágica, qual das afirmações seguintes é verdadeira?
18.
Utente, sexo feminino, 32 anos, vem por dor de início súbito no 3º dedo da mão esquerda, acompanhado de rubor e calor (ver imagem anexa). Nega traumatismo. Qual é o diagnóstico mais provável?
19.
O que significa período de análise flutuante, relativamente a um indicador dos Cuidados de Saúde Primários?
20.
O diagnóstico de diabetes é feito com base nos seguintes parâmetros e valores para plasma venoso na população em geral, EXCETO:
21.
Utente, sexo feminino, 42 anos, IMC 34 kg/m2, trabalhadora de limpeza, sem antecedentes de relevo. Vem a consulta mostrar raio-x dos joelhos (imagem anexa) no contexto de gonalgia, predomínio do lado direito, que persiste há 6 meses. Inicialmente controlava a dor com ibuprofeno 400 mg (1 a 2 comprimidos por dia) e achava que a dor estaria relacionada com o seu trabalho, porque se apoia recorrentemente sob os joelhos. Agora está mais preocupada porque a dor tem-se agravado e já não melhora sob ibuprofeno 400 mg. Sente também que o joelho fica por vezes mais inchado. Qual o diagnóstico mais provável?
22.
Utente, sexo masculino, 78 anos, antecedentes de HTA, dislipidemia, Diabetes mellitus e neoplasia da próstata tendo realizado prostatectomia há 4 anos e mantendo vigilância por Urologia com valores de PSA negligenciaveis. Vem a consulta porque desde há 3 meses que tem dor referido a ambos os ombros e região cervical com associação a alguma rigidez dos movimentos do pescoço. Refere também dor ao nível da região lombar e ancas. A dor e rigidez mantêm-se ao longo do dia mas é mais intensa ao acordar. Nega falta de força associada. Auto-medicou-se com ibuprofeno 400 mg mas, mesmo por vezes fazendo 3 tomas diárias, não obteve um controle satisfatório da dor. Qual das seguintes opções considera mais pertinente como primeira abordagem a este utente?
23.
Utente, sexo masculino, 58 anos, fumador 35 UMA, IMC 32 kg/m2, antecedentes de diabetes mellitus tipo 2 e HTA, com bom controlo metabólico e tensional. Vem a consulta aberta porque iniciou quadro de vertigem e desequilíbrio com cerca de 12 horas de evolução. Nega acufenos ou perda auditiva. Refere no entanto náusea associada. Ao exame objetivo realça-se presença de nistagmo vertical, sem outras alterações do foro neurológico. Decide realizar o teste Dix-Hallpike, no entanto fica com dúvidas sobre a interpretação do teste. No teste de skew verifica um desvio vertical do olho após ser destapado e no Head impulse test não observa o movimento de sacada. Como orientar este utente?
24.
Utente, sexo masculino, 68 anos, com antecedentes de diabetes mellitus tipo 2, hipertensão e doença cardíaca isquémica com angina, tendo já realizado previamente um cateterismo. Divorciado, sem filhos, vive sozinho, desempregado de longa duração. Vem a consulta aberta acompanhado por um vizinho por quadro de mal estar geral, tosse e febre desde há 2 dias. Nega dispneia. Ao exame objetivo destaca-se auscultação pulmonar com crepitações inspiratórias no ⅓ inferior direito, temp. timpânica 38,7ºC, sem tiragem, ligeiramente polipneico (com frequência respiratório de 26 cpm), SpO2 (aa) 93% e com pressão arterial 115/69 mmHg. Aplicando os critérios CRB-65, qual das opções escolheria para orientar este utente?
25.
Utente, sexo masculino, 55 anos, antecedentes de hipertensão desde há 5 anos, sob lisinopril + amlodipina 20 mg + 10 mg, com bom controlo tensional. Vem a consulta aberta por indicação do farmacêutico após ter objetivado pressão arterial de 185/110 mmHg. Em consulta confirma valores de PAS> 180 mmHg e PAD> 120 mmHg, após 3 medições. O utente nega qualquer sintoma associado. Sem alterações de relevo no exame objetivo. O utente refere que descontinuou a medicação para a hipertensão porque após esta ter sido alterada recentemente, porque começou a sentir dificuldade em manter a ereção durante o ato sexual. Como orientar este utente?