1.
Utente, sexo feminino, 66 anos, apresenta patologia cardíaca com indicação para referência à Cardiologia. Para que unidade hospitalar deve ser referenciada?
2.
Qual o intervalo na idade gestacional em que se deve administrar a vacina contra a tosse convulsa na grávida?
3.
Utente, sexo masculino, 65 anos, IMC 35 kg/m2, queixas de gonalgia e tumefacção da articulação do joelho direito desde há alguns meses. Pede um raio-x ao joelho em carga que revela redução heterogénea de espaço articular, esclerose subcondral, geodes, quistos subcondrais e osteófitos. Qual o diagnóstico mais provável?
4.
Qual é o objetivo da prevenção terciária?
5.
Utente, sexo masculino, 63 anos, sem antecedentes de relevo vem a consulta mostrar análises pedidas na última consulta. Destaca-se um valor de glicemia em jejum alterado: 204 mg/dl. Como orientar o utente?
6.
Utente, sexo masculino, 62 anos, antecedentes de diabetes mellitus tipo 2, vem à consulta mostrar resultado de estudo analítico pedido em consulta anterior. Destaca-se: colesterol total= 237 mg/dL, triglicéridos 245 mg/dl; colesterol HDL 38 mg/dl; colesterol LDL 150 mg/dL. Decide iniciar terapêutica farmacológica para a dislipidemia. Qual a opção inicial?
7.
Utente, sexo feminino, 28 anos, antecedentes de hipertensão arterial essencial controlada com bisoprolol 2,5 mg. Vem a consulta pré-concecional. Qual orientar a utente, em termos de otimização da terapêutica antihipertensora?
8.
A administração de Imunoglobulina anti-D em grávidas Rh negativas é uma intervenção eficaz na prevenção da doença hemolítica perinatal. Em qual das seguintes situações deve ser considerada a administração?
9.
Criança, 24 meses, vem a consulta de vigilância. Os pais estão preocupados porque a criança ainda não fala. Têm também informação da creche que existe a perceção que a criança parece não compreender o que lhe pedem e que interage pouco com os seus pares. Qual o plano inicial para esta criança?
10.
Utente, sexo feminino, 53 anos, operária fabril. Sem consulta há vários. Vem a consulta porque apresenta queixas de longa duração de parestesias à noite na mão esquerda e sensação de dedos inchados. Ao exame objetivo apresenta sinais de Phalen e Tinel positivos e verifica também atrofia da eminência tenar. Quais dos seguintes pode representar um sinal tardio da síndrome do túnel cárpico?
11.
Utente, sexo masculino, 38 anos, sem antecedentes de relevo. Vive com os pais numa zona periférica de grande cidade, com ambiente rural. Esteve na USF em consulta aberta há 3 dias por quadro de febre, cefaleias e mialgias generalizadas. Ao exame objetivo, além de febre de 38,6ºC (axilar), não se identificou qualquer outra alteração de relevo. Foi assumido quadro provável de etiologia viral com indicação para fazer paracetamol 1000 mg de 8/8 horas enquanto a febre persistisse. Foram explicados os sinais e sintomas de alarme que motivassem novo contacto com os cuidados de saúde. O utente volta hoje à consulta aberta porque, desde ontem, “lhe apareceram manchas vermelhas dispersas pelo corpo, primeiro nas pernas e depois no abdómen e braços”. O utente refere que dado não estar a conseguir controlar bem a febre com o paracetamol, auto-medicou-se com ibuprofeno 600 mg que tinha da sua mãe. Tem receio de estar a fazer uma reação alérgica ao ibuprofeno e por isso veio à consulta. Ao exame objetivo destaca-se um exantema maculo-papular rosado que atinge as pernas, região abdominal, torácica e dorsal e os membros superiores. Verifica que o exantema abrange também as regiões palmar e plantar. O utente nega qualquer prurido associado. Como orientar este utente?
12.
Utente, sexo masculino, 32 anos, IMC 25 kg/m2, fumador 15 UMA, sem antecedentes de relevo. Vem ao serviço de urgência por dor súbita referida à região retro-orbital esquerda, em pontada, intensidade 10/10. Refere que teve episódio semelhante ontem, com duração de cerca de 1 hora. Nega história de trauma. Nega fotofobia, febre, náusea ou vómito. Nega alteração da acuidade visual. Ao exame objetivo apresenta-se agitado e com fácies de dor. Apresenta lacrimejamento, miose e hiperemia conjuntival esquerda. Qual a orientação inicial para este utente?
13.
Utente de sexo masculino, 54 anos, IMC 32 kg/m2, com HTA e dislipidemia. Em consulta de vigilância ausculta um sopro no quinto espaço intercostal esquerdo, a partir da linha mamilar e que irradia até à axila. Pede um ecocardiograma. Qual é a alteração expectável?
14.
Utente, sexo masculio, 24 anos, IMC 24 kg/m2, não fumador, sem antecedentes de relevo. Vem ao serviço de urgência por quadro de dor referida à região interescapular, início súbito, em pontada, intensidade 10/10, com duas horas de evolução. Nega história de trauma. Nega consumo de estupefacientes. Ao exame objectivo apresenta-se ansioso com fácies de dor, apirético, taquipneico, SpO2 96%, frequência cardíaca 130 bpm e pressão arterial 185/110 mmHg. Sem alterações de relevo na auscultação pulmonar e cardíaca. O ECG feito à admissão apresenta uma taquicardia sinusal, sem outras alterações de relevo. Qual a orientação inicial para este utente?
15.
Utente, sexo masculino, 29 anos, IMC 24 kg/m2, fumador 10 UMA, atualmente consome cerca de 5 cigarros por dia. Operário fabril em linha de montagem de componentes metálicos. Utente vem a consulta aberta tendo como queixa principal dor referida à região lombar: “Doutor, decidi vir a uma consulta porque tenho uma dor no fundo das costas que me começa a preocupar porque não passa. Estou há 4 meses a fazer ibuprofeno 400 mg em SOS que, embora me aliviem a dor, não têm conseguido resolver definitivamente este problema. Inicialmente até pensei que esta dor estivesse associada com o aumento de turnos de trabalho que tenho feito, mas a verdade é que sinto menos dor durante o período de trabalho.” O utente refere ainda que a dor é mais intensa ao acordar e que, apesar de fazer anti-inflamatórios, sente que tem progredido em intensidade irradiando por vezes para as nádegas e para a região inguinal. Nega outros sintomas associados. De acordo com a anamnese, qual o teste no exame objetivo que pondera ser mais útil para apoiar uma suspeita de diagnóstico?
16.
Utente, sexo feminino, 57 anos, IMC 32 kg/m2, fumadora 20 UMA, atualmente consome cerca de 5 cigarros por dia. Tem depressão desde há dois anos, osteoartrose da anca direita, dislipidemia e HTA diagnosticada há três meses. Faz como medicação habitual sertralina 50 mg (1+0+0), tramadol+paracetamol 37,5 mg + 325 mg (1+0+1), sinvastatina 20 mg (0+0+1) e ramipril 10 mg (1+0+0). Vem a consulta de reavaliação. Traz AMPA que mostra bom controlo tensional. A utente aproveita para se queixar de tosse que persiste há cerca de 8 semanas, com caráter irritativo, sem expectoração. Nega febre, pieira ou dispneia associada. Ao exame objetivo encontra-se eupneica, apresenta SpO2 95% e a auscultação pulmonar não tem alterações. Orofaringe sem alterações. Como orientar esta utente?
17.
Utente, sexo feminino, 70 anos, IMC 30 kg/m2, antecedentes hipotiroidismo, hipertensão arterial, gota e episódios recorrentes de cãibra musculares. Consta da sua medicação habitual lisinopril+amlodipina, levotiroxina, cloreto de magnésio, colchicina que faz em SOS, e laxante osmótico que faz recorrentemente por obstipação crónica. A utente mudou recentemente de USF e vem a consulta de vigilância de hipertensão. Ao questionar sobre a sua obstipação, a utente refere que acha que sempre teve fezes duras e que em média tem 2 dejeções por semana. Nega sangue nas fezes, alteração da cor ou calibre das fezes ou perda de peso. Recorre ao laxante quando fica 5 dias sem trânsito intestinal. Ao analisar a sua medicação crónica, qual dos fármacos pode contribuir para a obstipação da utente?
18.
Utente, sexo masculino, 55 anos, IMC 31 kg/m2, não fumador. Diagnóstico recente de hipertensão tendo iniciado terapêutica dirigida. Nas consultas de reavaliação tem apresentado bom controlo tensional. O utente vem a consulta aberta porque desde há 3 dias que apresenta dor no primeiro dedo do pé direito que lhe limita a marcha. Nega traumatismo. Nega história prévia semelhante. Ao exame objetivo tem edema e eritema marcados da primeira articulação metacarpofalângica, muito dolorosa à palpação. Pondera associação entre o quadro clínico e a medicação anti-hipertensora instituída. Qual dos seguintes anti-hipertensores pode estar associado a este quadro clínico?
19.
Utente, 24 anos, sexo feminino, G1P0, 13 semanas de gestação. Vem a consulta mostrar o resultado do estudo analítico do 1º trimestre. Destaca-se urocultura com >100000 UFC/mL de E. coli. A utente nega qualquer sintoma genito-urinário, nomeadamente disúria, polaquiúria ou urgência miccional. O exame objetivo não apresenta alterações. Apirética. Nega alergias medicamentosas. Como orientar esta utente?
20.
Criança, sexo feminino, 18 meses, saudável até ao momento. Vem a consulta com a mãe por lesões de coceira e irritabilidade de predomínio noturno com evolução de 1 semana. Ao exame físico observam-se pápulas eritematosas dispersas sobretudo nos pés e mãos. O restante exame objetivo é normal. Qual dos seguintes é o diagnóstico mais provável?
21.
Utente, sexo masculino, 70 anos, não fumador, IMC 29 kg/m2. Consta da sua lista de problemas ativos hipertrofia benigna da próstata, alteração da memória, dislipidemia e erro de refração. Vem a consulta aberta porque sente que a sua visão está alterada. Refere que ao fazer o seu jogo sudoku habitual que as linhas horizontais e verticais lhe parecem curvas. Está com dúvidas se deve alterar a graduação dos seus óculos. Qual o diagnóstico mais provável?
22.
Utente, sexo masculino, 45 anos, IMC 31 kg/m2, imigrante em Portugal há 3 meses, natural de Cabo Verde. Sem médico de família atribuído. Vem a consulta esporádica mostrar resultado de estudo analítico prescrito. Destaca-se colesterol total 242 mg/dL e colesterol HDL 44 mg/dL. Restante estudo analítico sem alterações de relevo. O ECG apresenta critérios eletrográficos para hipertrofia ventricular esquerda. O utente traz também consigo registo de pressão arterial medida em ambulatório. Nesse registo, feito em 3 semanas distintas, apresenta valores médios de 160/80 mmHg. Nega qualquer sintoma associado. Ao exame objetivo, apresenta valor de pressão arterial 163/85 mmHg, frequência cardíaca 93 bpm e auscultação cardíaca com s1 e s2 regulares, sem sopros. O utente desconhece história familiar de hipertensão arterial e nunca fez qualquer terapêutica dirigida. O risco cardiovascular calculado é de 5%. Discute com o utente necessidade de iniciar terapêutica antihipertensora em associação dupla. Qual das opções considera mais adequada?
23.
Utente, sexo masculino, 34 anos, IMC 28 kg/m2, não fumador, sem antecedentes de relevo. Vem a consulta aberta porque se apercebeu, hoje durante o banho, da presença de umas manchas vermelhas dispersas pela barriga. Refere que há cerca de 1 semana tinha reparado numa mancha isolada na barriga que não deu importância, mas hoje ficou preocupado ao ver que o número de manchas tinha aumentado muito. Nega dor associada. Refere algum prurido. Nega alteração dos hábitos alimentares ou medicamentosos. Ao exame objetivo apresenta manchas eritematosas dispersas no abdómen, sendo a mancha inicial de maior dimensão e localização mais central (ver figura 1). Sem outras alterações. Qual o diagnóstico mais provável?
24.
Criança, sexo feminino, 3 anos, saudável até ao momento. Vem a consulta de vigilância. Ao exame objetivo constata presença de pequena hérnia inguinal esquerda, assintomática. Como orientar?
25.
Utente, sexo masculino, 57 anos, IMC 28 kg/m2, antecedentes de hipertensão arterial, hiperplasia benigna da próstata e disturbio de ansiedade. No processo clínico existe nota associada que indica que o utente descontinuou terapêutica anti-hipertensiva com amlodipina por interferência no desempenho sexual. O utente vem hoje a consulta mostrar resultados de MCDT pedidos no contexto de queixas urinárias, nomeadamente perceção de jato mais fraco e noctúria que estavam a condicionar a sua qualidade de vida (IPSS > 7). O resultado da ecografia prostática e vesical mostra próstata com peso de 33 gr e bexiga sem alterações, no entanto com resíduo pós-miccional de 90 ml. O valor de PSA é de 1,2 mg/dL. Discute com o utente a necessidade de iniciar terapêutica com alfa-bloqueante. O utente compreende e aceita. Tendo em conta os antecedentes do utente, nomeadamente a descontinuação da terapêutica por interferência com o desempenho sexual, qual dos seguintes alfa-bloqueantes pode ter maior interferência no desempenho sexual?
26.
Utente, sexo masculino, 52 anos, IMC 31 kg/m2, fumador 20 UMA, atualmente consome 10 cigarros por dia. Sem antecedentes de relevo. Vem a consulta por quadro de enfartamento pós-prandial, pirose e alteração no padrão de hábitos intestinais. Nega anorexia, hematemese, perda de peso, odinofagia, melena ou vómito. Ao exame objetivo apresenta abdómen mole e depressível, indolor, sem massas ou organomegalias. Qual o plano inicial para este utente?
27.
Utente, sexo masculino, 63 anos, IMC 33 kg/m2, antecedentes de hipertensão arterial, dislipidemia, enfarte agudo do miocardio aos 59 anos e úlcera péptica aos 57 anos. Vem a consulta aberta por gonalgia direita, intensidade 6/10, ritmo mecânico, que surgiu de forma espontânea há 3 dias. Qual a melhor opção no que diz respeito a terapêutica analgésica?
28.
Utente, sexo masculino, 68 anos, IMC 28 kg/m2, com diabetes mellitus, hipertensão arterial e dislipidemia. Antecedentes de úlcera do pé direito há 6 meses, já cicatrizada. Vem a consulta de vigilância de diabetes. Na avaliação do pé apresenta cor e temperatura normais, diminuição da sensibilidade no teste do monofilamento e índice tornozelo-braço normal. Qual o plano adequado para a vigilância do pé neste utente?
29.
Adolescente, sexo feminino, 16 anos, sem antecedentes médicos de relevo. Pertence a agregado familiar de 7 pessoas constituido pelos pais e 2 irmãs mais velhas e respetivos filhos que nasceram de gravidezes não desejadas. Vem a consulta aberta porque deseja iniciar contracetivo oral. Como orientar a utente?
30.
Utente, sexo feminino, 31 anos, não fumadora, G1P1, IMC 26, kg/m2. Deixa resultado de citologia cervical convencional na USF para registo. O resultado indica amostra satisfatória, negativo para lesões intra-epiteliais ou malignidade. Como resultado complementar indica presença de Thricomonas vaginalis. Como orientar?
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