6.
Utente, sexo feminino, 60 anos, IMC 24 kg/m2, diabetes mellitus, hipertensão e dislipidemia, medicada respetivamente com metformina 1000 mg (1+0+1), perindopril+indapamida 4+1,25 mg (1+0+0) e atorvastatina 40 mg (0+0+1). Fumadora 30 UMA, atualmente 10 cigarros/dia. Tem por hábito beber um copo de vinho tinto maduro ao almoço e jantar. Antecedentes de fratura do fémur direito, há 15 anos, em contexto de acidente de viação. Sem sequelas. Menopausa há 6 anos, sem terapia hormonal de substituição. Na história familiar destaca-se neoplasia da próstata do irmão, diagnosticado aos 67 anos. Refere também que a mãe, já falecida, tinha prótese total da anca no contexto de fratura aos 72 anos.A utente mudou recentemente de USF. Vem a uma 2ª consulta de vigilância de diabetes. No decurso da consulta a utente pede para fazer uma densitometria óssea: "Doutor, em conversa com as minhas amigas, todas elas já fizeram uma osteodensitometria e uma delas até me referiu que toda a gente deveria fazer este exame pelo menos uma vez na vida". Tendo em conta o pedido da utente, decide rapidamente utilizar a ferramenta FRAX para avaliar o risco de fratura. Obtém uma probabilidade de risco de fratura a 10 anos para fratura maior osteoporótica de 5,8% e para fratura da anca de 1%. Tendo em conta a mais recente evidência no que diz respeito à prescrição de osteodensitometria, como orientar esta utente?