1.
Criança com 4 anos vem a consulta por otalgia com cerca de 24 horas de evolução. Temperatura timpânica de 37.8ºC . Bom estado geral. Ao exame objetivo apresenta otite média aguda, sem perfuração. Sem história prévia de otite. Qual a orientação?
2.
Utente, sexo femino, 40 anos, com excesso de peso e anemia ferropénica. Pretende substituir contracetivo oral por método contracetivo reversível com maior duração de tempo possível. Pergunta sobre eventualidade de conseguir diminuir o fluxo menstrual que dura 5 a 6 dias utilizando cerca de 5-8 pensos por dia. Ao exame ginecológico não existem alterações mas tem ecografia pélvica endocavitária recente que mostra um pequeno mioma submucoso. Que método contracetivo aconselharia a esta utente?
3.
Utente, sexo feminino, 52 anos, IMC 27 kg/m2, G2P2, antecedentes de asma controlada. Após administração de vacina contra a covid-19 iniciou estridor e edema labial. Ligeiramente polipneica, sem outros sinais de dificuldade respiratória, SpO2 96%. Dá indicação para administrar 0,5 mg de adrenalina por via intramuscular. Na reavaliação, após cinco minutos, verifica que não melhorou mantendo o edema labial e o estridor. Qual o passo seguinte?
4.
Que tarefa é considerada crucial no estádio I do ciclo de vida de Duvall?
5.
Bebé de 13 meses, apresenta quadro de coriza com 4 dias de evolução e tosse seca desde ontem. Ao exame objetivo realça-se apirexia e auscultação pulmonar com sibilância de predomínio expiratório. A partir de que valor de Sat 02 (ar ambiente) ponderava referenciar para avaliação no Serviço de Urgência?
6.
Qual a característica mais importante de um teste de rastreio para o cancro da mama?
7.
Utente, sexo masculino, 34 anos, IMC 25 kg/m2, não fumador, sem antecedentes de relevo. Vem a serviço de urgência básico (SUB) por quadro de vómitos e diarreia que iniciaram há cerca de 5 dias. Nega febre. Refere múltiplas dejeções aquosas e vómitos, ambos sem muco ou sangue. Qual a alteração eletrolítica que espera encontrar no estudo analítico pedido?
8.
Utente, sexo masculino, 70 anos, engenheiro reformado, IMC 31 kg/m2, com hipertensão, dislipidemia e hiperplasia benigna da próstata. Vem a consulta acompanhado pelo filho. Refere que o pai sempre foi muito discreto e educado mas que, desde há cerca de seis meses, percebe que o pai está diferente, mais agitado, discute com muita facilidade e, por vezes, chega a utilizar gestos obscenos. Há 2 meses, ao visitar o pai, este encontrava-se nu em casa. Em consultório o utente encontra-se calmo e não participa na conversa. O exame objetivo é normal. Qual o diagnóstico que pondera?
9.
Para o rastreio de doença renal nos utentes com diabetes mellitus tipo 2, qual a periodicidade em que deve ser solicitado o doseamento da microalbuminúria?
10.
Utente, sexo feminino, 22 anos, G0P0, IMC 21 kg/m2, não fumadora, hospedeira de bordo em viagens internacionais. Vem a consulta mostrar resultado de estudo analítico prescrito em contexto de quadro de cansaço recorrente que ocorre de forma intermitente desde há cerca de 3 anos. Ao exame objetivo a utente apresenta pressão arterial 114/76 mmHg, auscultação cardíaca com s1 e s2 rítmicos, sem sopros, frequência cardíaca 108 bpm. Auscultação pulmonar sem alterações, SpO2 97%. Destaca-se palidez das mucosas e escleras ictéricas. Na palpação abdominal constata-se baço a 2 cm da borda costal esquerda e fígado palpável a dois dedos do rebordo costal direito. Quando pergunta à utente se é habitual ter os olhos amarelos, a utente refere que já não é a primeira vez que acontece, mas como o seu irmão mais velho também tem este problema, nunca valorizou. Do estudo analítico destaca-se: Hb 10,2 g/dL, reticulócitos 5%, bilirrubina total sérica = 3 mg/dl (Bilirrubina indireta de 2,6 mg/dl); LDH = 900 U/L; TGO = 60 U/L; TGP = 20 U/L. Teste de coombs indireto negativo. Qual das seguintes opções de diagnóstico considera correcta?
11.
Utente, 80 anos, totalmente dependente após AVC há dois anos, tendo a filha como unica cuidadora. Tem diabetes mellitus tipo 2 e iniciou insulina por indicação do colega hospitalar após internamento recente por pneumonia. O enfermeiro de família faz visita domiciliária três vezes por semana, por cerca de 30 minutos, para tratamento de úlcera de pressão, cuja evolução não tem sido a adequada. Tem aproveitado as visitas para reforçar o ensino à filha sobre a administração da insulina, mas ela manifesta grande receio de errar as doses apresentando também sinais de exaustão do cuidador. Qual das circunstâncias descritas é critério para referenciação para a Equipa de Cuidados Continuados Integrados?
12.
Foi testado um um teste rápido para detecção de antígeno para o vírus SARS-Cov-2 em 200 utentes, sendo que 100 utentes tinham confirmação de Covid-19 pelo teste padrão-ouro e 100 utentes não tinham a doença. Verificou-se que 120 utentes tiveram teste rápido positivo sendo que destes, 90 utentes tinham diagnóstico confirmado para Covid-19 e 30 utentes não tinham diagnóstico de Covid-19. Por sua vez, dos 80 utentes que tiveram teste rápido negativo, 70 utentes não tinham Covid-19 e 10 utentes tinham o diagnóstico de Covid-19 pelo teste padrão-ouro. Qual é a sensibilidade e a especificidade desse teste rápido para o diagnóstico de Covid-19?
13.
Se a taxa de letalidade da doença A é igual à doença B, pode-se afirmar que:
14.
Utente, sexo masculino, 52 anos de idade, antecedentes de hipertensão controlada, dislipidemia e diabetes mellitus com 4 anos de evolução. Ex-fumador, 30 UMA. Vem a consulta aberta dor torácica, retrosternal, opressiva, com mais de 20 minutos de evolução, que surgiu quando ia a caminho do trabalho. Refere que a dor irradia para a mandíbula e apresenta hipersudorese. Qual a opção mais correta?
15.
Utente, 68 anos, IMC 31 kg/m2, sem antecedentes de relevo, foi submetido a cirurgia da anca tendo alta para o domicílio após 8 dias de internamento hospitalar. Pede consulta no domicilio porque desde há 2 dias iniciou quadro de dispneia. Antes de se dirigir ao domícilio, o que pretende verificar no processo do utente?
16.
Criança, sexo masculino, 8 anos, com diagnóstico de asma. Encontra-se a realizar beclometasona inalada 200 mcg por dia há 1 mês. Vem hoje a consulta para reavaliação. A mãe refere melhoria dos sintomas: no último mês não apresentou qualquer despertar noturno embora ainda apresente episódios de tosse cerca de 3 vezes por semana tendo necessidade de recorrer a terapêutica de alivio com salbutamol. Nega limitações da atividade física. Qual das opções considera correcta?
17.
Utente, sexo feminino, 59 anos, IMC 31 kg/m2, ex-fumadora 15 UMA, menopausa aos 50 anos, sem terapia hormonal de substituição. Sob sertralina 50 mg (1+0+0), atorvastatina 40 mg (0+0+1) e metformina 1000 (1+0+0). Vem a consulta por queixa de sangramento vaginal, em pequena quantidade, que tem ocorrido esporadicamente desde há 1 mês. Traz resultado de ecografia ginecológica que mostra útero com volume de 86 cc, presença de um mioma intramural de 1 cm e espessamento endometrial de 8 mm. Como orientar esta utente?
18.
Utente, sexo feminino, 32 anos, IMC 26 kg/m2, G0P0, fumadora 10 UMA, sem antecedentes de relevo. Vem a consulta aberta porque apresenta desde há 1 semana secreção espontânea serossanguinolenta, uniductal, na mama esquerda. Ao exame objetivo não se identificam nódulos, mas constata que ao se comprimir um ponto periareolar há aumento da quantidade de secreção eliminada pelo ducto. Tendo em conta este quadro, qual o diagnóstico mais provável?
19.
Utente, sexo feminino, 24 anos, G0P0, não fumadora, vem a consulta pedir aconselhamento para iniciar contraceção oral. Nega antecedentes familiares ou pessoais de acidentes tromboembólicos e hipertensão arterial. Em estudo analítico feito há 6 meses apresenta função hepática e renal normais. Nos problemas ativos da utente consta cefaleia, havendo descrição de episódios de enxaqueca com aura. A utente pergunta sobre a possibilidade de iniciar contracetivo oral combinado. Como orientar?
20.
Utente, sexo feminino, 52 anos, G2P2, sem antecedentes de relevo, sob terapia de reposição hormonal desde há 2 meses por quadro de sintomas vasomotores associados à perimenopausa. Vem a consulta pedir esclarecimento sobre sua mamografia, cujo resultado foi BI-RADS = 0 (Sistema de dados e relatórios de imagens de mama do American College of Radiology). O que informar?
21.
Utente, sexo feminino, 33 anos, sem antecedentes de relevo. Vem a consulta aberta porque apresenta desde há 3 dias disuria e corrimento vaginal de cor esverdeada, com odor intenso. Refere também episódio recente de disparéunia. A utente refere relação sexual desprotegida com novo parceiro. Qual o diagnóstico que pondera?
22.
Utente, sexo feminino, 28 anos, G1P1, gravidez desejada, encontra-se a amamentar filha de 5 meses (aleitamento materno exclusivo). Sem antecedentes de relevo. A utente vem a consulta aberta. Encontra-se bastante ansiosa porque, refere, teve relação sexual desprotegida há cerca de 40 horas e admite que neste último mês tem falhado por várias vezes a toma do contracetivo oral. Embora tenha nos seus planos a médio prazo ter outro filho, tem medo de estar novamente grávida e pede para realizar contraceção de emergência. Como orientar a utente?
23.
Utente, sexo masculino, 28 anos, sem antecedentes de relevo. Vem a consulta aberta porque se apercebeu de tumefação inguinal dolorosa no lado direito, desde há 4 dias. Tem feito ibuprofeno 400 mg de 12/12 horas mas sem melhoria relevante da dor que, entretanto recidiva. Nega história de traumatismo. Nega disuria ou corrimento uretral. Sem outras queixas do foro urogenital. Ao exame objetivo apresenta tumefação na região inguinal direita, com ligeiro rubor associado, com flutuação e dolorosa ao toque. Sem outras alterações de relevo. Das seguintes opções, qual a que escolheria para melhor orientar este utente?
24.
Utente, sexo masculino, 53 anos, com diagnóstico de esquizofrenia, hipertensão, dislipidemia, abuso de tabaco e obesidade. Vem a consulta de vigilância de hipertensão. No decurso de pedido de estudo analítico de rotina, decide incluir avaliação hormonal pelo facto de se encontrar a fazer haloperidol decanoato mensal há vários anos. Qual o doseamento que considera importante incluir no estudo analítico?
25.
Utente, sexo feminino, 42 anos, fumadora 25 UMA, atualmente fuma 20 cigarros por dia. Divorciada, sem filhos, vive há 4 meses com novo companheiro em apartamento alugado. Encontra-se inscrita em centro de emprego há 4 meses após ter rescindido contrato no último emprego (call-center). Vem a consulta porque sente maior irritabilidade e alteração do padrão de sono com insónia inicial e acha que este quadro está a dificultar a relação com o novo parceiro. Refere que tem discussões mais frequentes com o companheiro e acha que este a tenta controlar demasiado sentindo que interefere na sua liberdade de tomar decisões. Acha que o novo companheiro é "demasiado desconfiado duvidando que eu me esforço para procurar emprego". Nega qualquer agressão física, mas consta nos seus antecedentes 2 episódios de recurso ao serviço de Urgência em contexto de agressão física doméstica. Vem pedir ajuda porque tem receio que o companheiro a abandone. Qual o tipo de personalidade em que se enquadra esta utente?