1.
Criança de 9 meses volta à consulta com o Pai. Tinha estado há 3 dias no consultório por quadro de febre alta (39,5ºC, auricular) com 2 dias de evolução, sem outros sintomas associados (mantinha o bom estado geral) e sem identificação de qualquer foco de infeção. Tinha sido orientada para o serviço de Urgência Pediátrica que descartou infeção urinária e indicou tratamento sintomático com paracetamol e/ou ibuprofeno e reavaliação posterior pelo médico de família. Hoje volta à consulta preocupado porque "surgiram umas manchas vermelhas que se distribuem pelo corpo do meu filho". Acha que não é uma alergia à medicação porque o filho já tinha feito antes paracetamol e ibuprofeno, mas decidiu suspender a terapêutica para ver se ajudava. Ao exame objetivo, a criança mantém o bom estado geral, encontra-se apirética, e apresenta uma erupção de máculas/pápulas eritematosas dispersas pelo corpo, mais proeminentes no tronco, braços e pescoço. Desaparece à digitopressão. Poupa as plantas e palmas. Restante exame objetivo irrelevante. Como orientar?
2.
Utente, sexo feminino, 33 anos, trabalhadora independente. Vem a consulta esclarecer dúvida sobre como proceder em relação a baixa médica, já que vai ser submetida a cirurgia programada num hospital privado sendo expectável ficar internada 5 dias. Pergunta se a baixa pode ser passada pelo médico de família. Como orientar a utente?
3.
Utente, sexo masculino, 63 anos, IMC 33 kg/m2, antecedentes de diverticulose cólica, dislipidemia, hipertensão e diabetes mellitus. Vem ao Serviço de Urgência com quadro de diarreia aquosa, com cinco dejeções por dia, dor abdominal e temperatura timpânica 38.2 ºC. Após anamnese, pondera diagnóstico de colite pseudomembranosa por clostridium difficile. Qual das seguintes opções o faz ponderar este diagnóstico?
4.
Utente, sexo feminino, 83 anos, encontra-se medicada com bisoprolol, sinvastatina, associação de metformina+dapaglifozina, associação de lisinopril+amlodipina e sertralina. As análises recentes revelam uma hiponatremia. Qual dos fármacos é a causa iatrogénica mais provável desta alteração?
5.
Utente, sexo masculino, 59 anos, IMC 22 kg/m2, tem cirrose hepática alcoólica compensada. Vem a consulta por quadro de insónia inicial e intermédia, que não tem melhorado com medidas gerais. Discute com o utente a opção por terapêutica com benzodiazepina para realizar durante 4 semanas, o que o utente compreende e aceita. Por qual das seguintes opções optaria?
6.
Jovem de 17 anos, sem antecedentes de relevo, vem a consulta por dor intensa no testiculo direito e sensação de mal-estar que surgiu durante a noite. À observação apresenta uma tumefação escrotal e a palpação testicular é dolorosa à direita. O reflexo cremasteriano homolateral é negativo. Qual é o diagnóstico mais provável?
7.
Utente de 24 anos vem a consulta porque apresenta corrimento vaginal, dispareunia, ardor e prurido vulvar desde há 4 dias. Ao exame ginecológico observa-se corrimento branco, grumoso e espesso, inodoro, que forma placas aderentes às paredes vaginais e eritema e edema vulvares. Qual é o tratamento que propõe?
8.
Adolescente de 13 anos, PNV atualizado mas sem vacinas extra-PNV, sem antecedentes de relevo, vem a consulta com a mãe por aparecimento de lesões em formato de pápulas e vesiculas eritematosas, dispersas pelo corpo que surgiram há cerca de 3 dias. A Mãe refere lhe deu ibuprofeno 400 mg em SOS nos 3 dias anteriores porque a filha referia dor de cabeça e sentia-se febril, embora a temperatura auricular não ultrapassasse os 37,5ºC. Ao exame objetivo, a adolescente encontra-se apirética, apresenta lesões em formato de pápulas, vesiculas e algumas crotas eritematosas dispersas pelo corpo. Refere prurido associado. Restante exame objetivo sem alterações de relevo.
9.
Qual é a dose diária de vitamina D recomendada no recém nascido de termo, com peso à nascença de 3300 gramas, sob aleitamento materno exclusivo?
10.
Utente, sexo masculino, 47 anos, manteve um relacionamento extraconjugal. Apesar de assintomatico, pediu para realizar um teste diagnóstico ao VIH. Vem à consulta mostrar resultado que indica positividade para o VIH-1. Face ao risco de transmissão de VIH à esposa do utente, aconselha o utente a revelar o diagnóstico à sua esposa para que esta possa estar ciente dos riscos que corre. O utente, no entanto, recusa esta opção pese a sua insistência para o convencer. Como proceder face a esta situação?
11.
Utente, sexo feminino, 65 anos, IMC 32 kg/m2, antecedentes de hipertensão, dislipidemia e diabetes mellitus. Vem a consulta aberta por dor súbita e severa no olho direito com perda de visão associada, cefaleia e náusea. Ao exame objetivo, realça-se pupila em midríase não reativa à luz. Qual a hipótese de diagnóstico mais provável?
12.
Qual a periodicidade definida para a monitorização de um indicador nas unidades de saúde?
13.
Um pedido de renovação de medicação crónica solicitada pelo utente, habitualmente vigiado em consulta na unidade de saúde, deverá ser contemplado, no limite, quantas horas após a entrega do respetivo pedido?
14.
Criança de 6 anos vem a consulta por apresentar febre desde há 2 dias e odinofagia com início súbito. Sem outros sintomas. Após realizar o exame objetivo, faz o diagnóstico de amigdalite e prescreve ciclo de antibioterapia. Decide prescrever também paracetamol, 40 mg/ml, para controle da dor e febre. Tendo em conta que a criança pesa 20 Kg, qual é a quantidade mínima que prescreve em cada toma?
15.
Utente, sexo feminino, 35 anos, IMC 34 Kg/m2. Decide abordar o problema obesidade na consulta, tentando perceber os hábitos alimentares da utente. A utente conta-lhe que tem vindo a tentar várias dietas, mas sempre sem grande sucesso. Gostava muito de perder peso, mas acha que não consegue. Como abordar a utente?
16.
Utente, sexo feminino, 62 anos, com antecedentes familiares de alcoolismo, recorre à consulta para pedir ajuda por considerar ter um consumo excessivo de álcool. No questionário AUDIT-C (Alcohol Use Disorders Identification Test) obtém uma classificação de 19 pontos. A que nível de risco corresponde este resultado?
17.
Relativamente à utente anterior, qual a melhor abordagem?
18.
Utente, sexo masculino, 66 anos, vem a consulta acompanhado pela esposa. A esposa refere que o marido mudou o comportamento nos últimos meses: esquece-se de pagar as contas da casa e pára as frases a meio não se lembrando da palavra que quer usar. Pondera avaliar causas reversíveis de défice cognitivo. Além de hemograma, glicemia, creatinina e função hepática, que painel de análises acha que seria mais útil prescrever nesta situação?
19.
Em quais das seguintes situações existe indicação para proceder ao tratamento da bacteriúria assintomática?
20.
Utente, sexo feminino, 40 anos, apresenta TSH 16 mU/L e T4 livre 0.5ng/dL, Ac. Anti-Tiroperoxidase e Ac. Anti-Tiroglobulina positivos. Qual o diagnóstico mais provável?
21.
Utente, sexo masculino, 62 anos, hipertensão controlada com perindopril+indapamida 10+2,5 mg, sem outros antecedentes de relevo. Realizou ecografia prostática pedida por outro médico e veio a consulta, preocupado com o resultado: “próstata de dimensões aumentadas, com peso estimado de 42 gr, contornos regulares e textura heterogênea. Bexiga em repleção, com volume 310 cc, sem alterações da parede e com resíduo pós-miccional de 50 cc”. Aplica o questionário IPSS e obtém pontuação de 1 ponto ("lavante ocasionalmente durante a noite para urinar"). O utente pergunta se será melhor iniciar uma medicação para a próstata, como muitos dos seus amigos já fazem. Como orientar?
22.
Utente, sexo feminino, 72 anos, disturbio de ansiedade, hipotiroidismo, hipoacusia bilateral, dislipidemia e diabetes mellitus tipo 2, sob sertralina 50 mg (1+0+0), levotiroxina 0,050 mg (jejum), atorvastatina 20 mg (0+0+1) e metformina 1000 mg (1+0+1). Não fumadora, IMC 31 kg/m2, último registo de pressão arterial 162/85 mmHg com nota para “efeito de bata branca, apresenta perfil tensional em ambulatório adequado”. Último estudo analítico realizado há 6 meses, sem alterações de relevo. Vem a consulta porque, desde há 3 semanas, apresenta episódios recorrentes de tonturas que se associam a perceção de palpitações que duram alguns minutos. Nega relação com esforço. Nega relação com movimentos. Sem percepção de agravamento da sua hipoacusia. Sem outros sintomas associados. Ao exame objetivo encontra-se assintomática, pressão arterial 155/82 mmHg, auscultação cardíaca rítmica com sopro sistólico grau iii/vi (já conhecido). Sem alterações na auscultação pulmonar, sem edemas periféricos. Qual dos seguintes exames complementares será mais útil para confirmar o diagnóstico?
23.
"Utente, sexo masculino, 43 anos, sem antecedentes de relevo. Deixa pedido na USF a solicitar mudança de médico de família para o agregado familiar. Consulta o processo clínico e verifica que se trata de uma família amável, frequentadora da USF. Estabelece contacto telefónico com o utente para perceber o contexto deste pedido. O utente justifica o pedido de mudança do médico de família com o facto de sentir que ele e a sua família não tiveram o acompanhamento adequado durante a pandemia Sars-cov 2, nomeadamente quando todo o agregado familiar esteve infectado. Refere que teve que recorrer várias vezes a um médico particular para aferir o estado de saúde dos seus filhos. Além do mais, acha que a acessibilidade às consultas mantém-se muito reduzida desde há vários meses, estando há mais 6 meses a pedir consulta para realizar análises de rotina. Como médico tenta esclarecer as dificuldades de acessibilidade à consulta inerentes à pandemia Sars-cov 2. No entanto, o utente mantém-se irredutível na sua decisão. Como proceder face a esta situação? "
24.
Lactente, sexo feminino, 6 meses e 3 dias, parto por cesariana, sem intercorrências, apgar 9-10-10. Gravidez vigiada, sem intercorrências. Vem a consulta de vigilância dos 6 meses. A mãe está muito preocupada porque a filha ainda não mastiga, acha que tem pouca força nas mãos e não leva objetos à boca, quando a coloca em posição ventral verifica que não se esforça para mudar de posição e tem dificuldade em pegar a filha ao colo porque acha que ela ainda não segura bem a cabeça. Qual dos seguintes, considera um sinal de alarme do desenvolvimento?
25.
Utente, sexo feminino, 60 anos, fumadora 30 UMA, hipotiroidismo, doença inflamatória intestinal, obesidade (IMC 33 kg/m2). Verifica, durante revisão de processos clínicos, que a utente tem o rastreio do cancro do colo do útero em atraso e que já não vem a consulta há mais de 3 anos. Verifica também que a utente apresentava, nos registos de há 3 anos, um hemograma com Hb 9,4 mg/dL e VGM 75 fL mas que não realizou estudo analítico posterior com pedido de função tiroideia e cinética de ferro. Estabelece contacto telefónico com a utente no intuito de agendar uma consulta. A utente refere que tem feito a sua medicação crónica e que não tem solicitado consulta médica porque se sente bem. No entanto, acede ao seu pedido para realizar estudo analítico e vir a nova consulta para avaliação do seu estado de saúde e atualização do seu processo clínico. Em consulta, a utente refere fumar atualmente 10 cigarros por dia, tem IMC 29 kg/m2, pressão arterial 133/82 mmHg, frequência cardíaca 77 bpm, auscultação cardíaca e pulmonar sem alterações de relevo. Apresenta resultado benigno da citologia cervical. Do estudo analítico destaca-se Hb 9,1 mg/dL, VGM 77 fL, ferritina 33 ng/ml (normal), ferro sérico 7 ng/ml (diminuído), saturação da transferrina 18% (diminuído) e capacidade total de fixação do ferro 100 ng/ml (diminuído). Qual o diagnóstico mais provável desta utente?
26.
Utente, sexo feminino, 70 anos, hipertensão, diabetes mellitus, dislipidemia, obesidade (IMC 32 kg/m2) e perturbação depressiva. Apresenta mau controlo metabólico, tendo último registo de hemoglobina glicada de 8,2% apesar de fazer terapêutica com insulina sob gestão em consulta hospitalar. Bom controlo tensional sob lisinopril+amlodipina 20+5 mg. Vem a consulta por manter queixas de dor, rubor e ligeiro edema do tornozelo e pé direito que se mantém há 8 dias, apesar de estar a fazer terapêutica com amoxicilina 1000 mg, 12/12 horas, há 5 dias, por suspeita de celulite. Nega queixa ao nível de outras articulações. Ao exame objetivo tem pulsos periféricos palpáveis, simétricos e mantém o pé direito mais quente do que o esquerdo. Não se observam lesões de maceração interdigital ou fissuras. O sinal de Homans é negativo. A utente nega traumatismo do tornozelo ou do pé, mas refere ter apoiado mal o pé há cerca de 2 semanas quando descia um passeio. Explica à utente que vai pedir um painel de meios complementares de diagnóstico de forma a esclarecer a etiologia do quadro clínico. Tendo em conta o quadro clínico, qual o diagnóstico mais provável da utente?
27.
Utente, sexo masculino, 52 anos, IMC 32 kg/m2, não fumador, antecedentes de asma diagnosticada aos 25 anos com bom controlo sintomático, rinite alérgica, disturbio de ansiedade, dislipidemia e gota (ultima crise há 3 anos, sob alopurinol 300 mg/dia, com bom controlo dos níveis de ácido úrico). O utente vem a consulta mostrar registos de pressão arterial medida em ambulatório (AMPA), solicitado após 2 registos de pressão arterial elevada no consultório. Confirma através do registo AMPA que a pressão arterial está persistentemente alta com valores de pressão arterial sistólica entre 150-160 mmHg. No consultório o utente apresenta pressão arterial 164/82 mmHg, FC 97, SpO2 95%, auscultação cardíaca rítmica e sem sopros e auscultação pulmonar sem alterações de relevo. Apresenta-se ligeiramente ansioso, algo já habitual quando vem ao médico. Discute a necessidade de iniciar terapêutica anti-hipertensora, opção que o utente compreende e aceita. Qual das seguintes opções terapêuticas propunha ao utente?
28.
Utente, sexo feminino, 29 anos, G1PO, grávida de 32 semanas, vigiada na USF, sem intercorrências. A utente pede antecipação da próxima consulta de vigilância por queixas de prurido intenso em todo o corpo que iniciou há 3 dias e que limitam a sua capacidade para descansar. Em consulta desconhece fatores desencadeantes, dado não ter alterado nada no seu padrão alimentar, medicamentoso ou higiénico. Refere que o prurido agrava ao fim do dia e é mais intenso na região palmar e plantar. Nega sintomatologia idêntica no marido. Tem feito um emoliente que lhe receitaram na farmácia, mas que não tem ajudado na resolução do quadro. Ao exame objetivo, apresenta lesões de coceira, sem outras alterações. Como orientar esta utente?
29.
Utente, sexo feminino, 32 anos, IMC 27 kg/m2, não fumadora, G2P2, sem antecedentes de relevo. Vem a consulta aberta por apresentar dor em moedeira, com intensidade 6/10, na região externa da anca esquerda. A dor iniciou há 4 dias, após uma caminhada de 20 km. Nega história de traumatismo. Refere que dor irradia pela face posterior da coxa e que agrava quando se deita para o lado esquerdo. Ao exame objetivo tem dor localizada à palpação do ponto mais alto da anca esquerda, sem outras alterações. Qual é o diagnóstico mais provável?
30.
Qual das seguintes é indicação para referenciar utente a Unidade de Longa Duração e Manutenção?
31.
Qual o tipo de estudo epidemiológico mais adequado para investigar a etiologia de uma doença rara?
32.
Qual é a primeira causa de morte e incapacidade na criança em Portugal?
33.
Lactente, sexo masculino, 10 semanas. Nasceu com 35 semanas de gestação, com baixo peso (2300 gr), parto por cesariana, sem intercorrências. Apgar 7-9-9. Vem a 1º consulta na unidade de saúde. Encontra-se sob aleitamento materno exclusivo, com evolução estato-ponderal adequada à idade cronológica corrigida. O exame objetivo é normal. Relativamente a suplementos nutricionais, qual das seguintes opções considera correcta?
34.
Jovem, sexo feminino, 17 anos, saudável até ao momento, pede consulta por lesões na face que acha serem acne pela persistência das lesões ao longo do tempo. Tem tentado disfarçar as lesões com recurso a maquilhagem. Ao exame objetivo, apresenta lesões localizadas na face direita em formato de pápulas eritematosas (ver imagem anexa). Sem outras lesões semelhantes visíveis. IMC 23 kg/m2, menstruada desde os 14 anos com período regular e de duração de 4 dias. Qual a abordagem terapêutica mais adequada?
35.
Utente, sexo masculino, 58 anos, IMC 33 kg/m2, ex-fumador 30 UMA, bancário, não utilizador da consulta na unidade de saúde por opção. Teve episódio de enfarte agudo do miocárdio há 3 meses. Após alta hospitalar iniciou terapêutica de novo que inclui: ramipril 2,5 mg (1+0+0), bisoprolol 5 mg (1+0+0), rosuvastatina+ezetimibe 10+10 mg (0+0+1), ácido acetilsalicílico 100 mg (0+1+0), clopidogrel 75 mg (1+0+0) e metformina 1000 mg (1+0+0). O utente vem hoje a consulta aberta por queixa de alteração do paladar (“a comida não me sabe a nada”), sem outros sintomas associados. Dado o contexto da pandemia sars-cov 2, já realizou 2 testes de diagnóstico para sars-cov 2, com intervalo de 4 semanas, sendo ambos negativos. Pondera um efeito lateral da medicação que iniciou após o enfarte. Qual dos fármacos tem maior probabilidade de contribuir para a disgeusia?
36.
Utente, sexo feminino, 29 anos, G2P1, grávida de 21 semanas, gravidez vigiada sem intercorrências. Pede antecipação da consulta de vigilância programada porque a filha de 4 anos está com varicela tendo sido informada que, estando grávida, deveria contactar o seu médico de família. A utente acha que já teve varicela na infância, mas não consegue ter certeza do diagnóstico. Como orientar?
37.
Utente, sexo masculino, 20 anos, IMC 22 kg/m2, fumador 8 UMA, atualmente consome 15 cigarros por dia. Diagnóstico de perturbação obsessivo-compulsiva por psiquiatra privado há 3 meses. Iniciou fluoxetina 20 mg encontrando-se a realizar titulação da dose (atualmente sob 60 mg/dia). Utente é levado ao serviço de urgência por quadro de agitação psicomotora com 3 dias de evolução. Ao exame objetivo encontra-se orientado no espaço e no tempo, ansioso e destaca-se a presença de movimentos involuntários ao nível dos membros inferiores e com elevação dos joelhos ao nível do umbigo. Pressão arterial 152/82 mmHg e frequência cardíaca 105 bpm, regulares. Nega consumo de estupefacientes. Sem história prévia semelhante. Como orientar?
38.
Utente, sexo masculino, 67 anos, IMC 30 kg/m2, fumador 30 UMA, atualmente consome 15 cigarros por dia. Vive com a esposa, a filha, o genro e 3 netos com 3, 5 e 7 anos. Tem uma relação distante com a esposa, relação conflituosa com o genro e boa relação com os netos. Em que fase de vida do ciclo de Duvall se encontra esta família?
39.
Relativamente às idades ótimas para cirurgia na criança, escolha a opção verdadeira:
40.
Utente, sexo masculino, 34 anos, IMC 22 kg/m2, fumador 10 UMA, atualmente sob 10 cigarros por dia. Na lista de problemas ativos consta o diagnóstico de abuso de drogas. O utente refere não ter qualquer consumo desde há 4 anos. Mantém seguimento em consulta de Gastrenterologia no hospital de referência para vigilância de hepatite C crónica. Vem a consulta aberta tendo como queixa principal cefaleia bi-parietal, em aperto, não pulsátil que, desde há 1 mês tem ocorrido de forma recorrente (cerca de 2 episódios por semana). Tem feito paracetamol com melhoria parcial da cefaléia. Refere também que, concomitantemente, se sente diferente, mais irritado, preocupado com diversos aspectos da sua vida, desde saúde, trabalho e família. Tem dificuldade em relaxar e em manter a concentração. Como orientar?
41.
Utente, sexo feminino, 45 anos, IMC 21 kg/m2, G0P0, antecedentes de doença de Chron e perturbação depressiva. Sob implante contraceptivo subdérmico, colocado há 2 anos. A utente vem a consulta por indicação da Medicina do Trabalho, após 3 registos de pressão arterial superior a 160/80 mmHg nos últimos 2 meses. Consultou também médico particular que confirmou perfil tensional elevado e indicou, há 2 semanas, iniciar enalapril+hidroclorotiazida 20+25 mg (1+0+0). Na consulta a utente apresenta pressão arterial de 132/78 mmHg, frequência cardíaca 82 bpm, SpO2 96% e auscultação cardíaca e pulmonar sem alterações. Verifica também a presença de uma uma lesão eritematosa, de bordos bem definidos e contornos irregulares, presentes na perna direita, que persiste à digitopressão (ver imagem anexa). A utente apercebeu-se da mancha na perna há cerca de 10 dias mas como não tinha dor nem outro sintoma não valorizou. Qual o diagnóstico mais provável?
42.
Utente, sexo masculino, 66 anos, fumador 50 UMA, tem hipertensão e DPOC. Vem a consulta de vigilância de hipertensão. Encontra-se medicado com olodaterol+brometo de tiotrópio 2,5/2,5 µg bid, com boa adesão à terapêutica. Tem técnica inalatória correta, confirmada na consulta. Nas últimas análises tem registo de 220 eosinófilos/uL no sangue periférico. No último ano teve 2 exacerbações de DPOC, sendo que uma delas exigiu recorrer ao serviço de urgência. Das seguintes, qual é a orientação mais adequada?
43.
Criança, sexo masculino, 4 anos de idade, saudável até ao momento. Na consulta de vigilância dos 4 anos, a mãe volta a chamar atenção para as pernas do seu filho. Aos 18 meses tinha sido feito o diagnóstico de joelho varo e tinha ficado combinado avaliar a evolução dos membros inferiores. A mãe reporta que não nota qualquer alteração da marcha do filho que até já iniciou atividade em escola de ténis correndo da mesma forma que os seus companheiros. Na avaliação dirigida a este problema constata que o persiste o mesmo grau de deformidade dos joelhos. Como orientar?
44.
Utente, sexo feminino, 28 anos, G1P1, não fumadora, sem antecedentes de relevo. Vem a uma consulta aberta por queixas de irritação e prurido vulvar, disúria e corrimento vaginal de odor fétido. Ao exame objetivo observa eritema vulvar e corrimento vaginal espumoso (arejado). Qual o diagnóstico mais provável?
45.
Qual é a validade do registo do testamento vital no RENTEV?
46.
Utente, sexo masculino, 35 anos, antecedentes de asma, controlada desde os 18 anos. Vem a consulta porque iniciou há 2 dias erupção muco-cutânea. Ao nível das mucosas, apresenta lesões vesiculares herpetiformes no palato duro, mucosa labial, bordo lateral da língua, assim como eritema do lábio inferior. A nível cutâneo apresenta exantema simétrico nas superfícies extensoras dos membros superiores e inferiores com lesões em alvo (ver imagem anexa). Apresenta também lesões vesiculares palmares e plantares. Nega febre. Refere história recente (há 10 dias) de herpes labial. Qual é o diagnóstico mais provável?
47.
Utente, sexo masculino, 48 anos, ex-operário fabril. Tem diagnóstico de abuso crónico de álcool e, desde que se encontra desempregado há 3 anos, o consumo aumentou consideravelmente atingindo recorrentemente 100 gr/dia. Vem à consulta, acompanhado por um familiar. Com o apoio familiar decidiu diminuir substancialmente o consumo, tendo iniciado o processo há 1 semana. Desde há 2 dias, começou a ouvir ruídos que refere serem reais e chegou a fechar-se no quarto para se proteger de aranhas que acredita querem atacar. Ao exame objetivo no consultório apresenta-se calmo, eupneico em repouso, mucosas ligeiramente desidratadas. Orientado no espaço e no tempo. A ascultação cardíaca e pulmonar são normais. Frequência cardíca de 88 bpm. Qual é o diagnóstico mais provável?
48.
Quem é responsável pela emissão do atestado multiusos?
49.
Utente, sexo feminino, 24 anos, G0P0, IMC 23 kg/m2, não fumadora. Antecedentes de doença de Chron. Vem a consulta aberta por quadro de prurido generalizado com início há 1 dia e erupção generalizada de placas eritematosas (ver imagem anexa). Nega alteração dos hábitos alimentares ou medicamentosos. Sem outras queixas. O exame objetivo é normal. Qual o diagnóstico que pondera?
50.
Lactente, sexo masculino, 1 mês de idade, parto eutócito com apgar 8-10-10, sob aleitamento materno exclusivo. Vem a consulta de vigilância. O exame objetivo não tem alterações. A mãe está preocupada porque se apercebeu de mancha vermelha no braço do filho (imagem anexa). Como orientar?