1.
Utente, sexo feminino, 45 anos, bancária. Vem a consulta pedir CIT após ter recorrido ao serviço de urgência por luxação da articulação tibiotársica, tendo recomendação para repouso durante 30 dias. A utente refere que a lesão ocorreu no trajecto para o restaurante que frequenta diariamente, durante o período de pausa para o almoço. Que modalidade de CIT se aplica neste caso?
2.
Utente, sexo feminino, 49 anos, IMC 33 kg/m2, sem antecedentes de relevo. A utente vem a consulta aberta por quadro de dor epigástrica e no hipocôndrio direito, que iniciou há 3 horas e tem aumentado de intensidade, no momento classifica na escala numérica de dor como 7/10. Refere que a dor irradia para o ombro e omoplata direita, sendo uma dor persistente. A utente refere que tem tido episódios semelhantes anteriormente, no entanto com menor intensidade e que acabam por desaparecer após 2-3 horas. Ao exame objetivo destaca-se uma dor à palpação do hipocôndrio direito que não aumenta com a inspiração. Encontra-se apirética e não apresenta sinais de icterícia. Qual o diagnóstico mais provável?
3.
Utente, sexo masculino, 32 anos, fumador 15 UMA, trabalhador da construção cívil, imigrante, sem Médico de Familia, em Portugal há 5 meses. Vem ao serviço de urgência por quadro de astenia e perda de peso com evolução de 3 meses. Refere associação com dispneia, tosse seca persistente e episódios de hipersudorese que ocorrem sobretudo à noite. Ao exame objetivo, o utente encontra-se apirético, eupneico em repouso, sem sinais de dificuldade respiratória e apresenta murmúrio vesicular rude e com diminuição na base direita. SpO2 (aa) de 93%. Qual o diagnóstico que pondera como mais provável?
4.
Utente, sexo feminino, 43 anos, 2G2P, sem antecedentes de relevo. Vem a consulta mostrar resultado de analises e ecografia da tiróide. A função tiroideia é normal mas apresenta nódulo sem caracteristicas de malignidade mas descrito como sendo um nódulo misto com 21 mm de maior eixo. Como orientar a utente?
5.
Utente, sexo masculino, 34 anos, Engenheiro Civil, regressou há 2 semanas de Moçambique onde se encontrava há 2 meses por questões profissionais. Vem a consulta aberta por febre que iniciou há 5 dias que atinge valores altos (39ºC) ao qual se seguem calafrios, mal-estar e cansaço grande. Refere também náusea, cefaleia e artralgias que melhoram parcialmente sob paracetamol. Ao exame objetivo apresenta-se apirético (fez paracetamol há 3 horas), auscultação cardíaca e pulmonar sem alterações de relevo, FC 87, SpO2 96% e dor difusa e ligeira à palpação do abdómen, sem aparente esplenomegalia ou hepatomegalia. Qual o diagnóstico mais provável?
6.
No cálculo de unidades ponderadas num ficheiro de utentes em Cuidados de Saúde Primários, qual é o grupo de utentes com maior ponderação?
7.
Utente, sexo feminino, 32 anos, G0P0, IMC 26 kg/m2, sem antecedentes de relevo. Sob contraceção oral combinada. Vem a consulta aberta por quadro de febre, náuseas e vómitos que iniciaram há cerca de 12 horas. Refere também cefaléia com predomínio occipital e dor referida à região cervical. Desconhece factor desencadeante, mas refere sentir-se melhor quando permanece no escuro. Ao exame objetivo apresenta-se orientada, temperatura axilar 36,8ºC (sob paracetamol 1000 mg há 2 horas), pressão arterial 112/74 mmHg, frequência cardíaca de 95 bpm e SpO2 96%. Eupneica em repouso, sem sinais de dificuldade respiratória. Mucosas coradas e hidratadas, anictéricas. Apresenta dor durante a flexão passiva do pescoço e apresenta limitação da mobilidade ativa do pescoço em todas as direções. Auscultação cardíaca e pulmonar sem alterações. Abdómen mole e depressível, indolor à palpação. Como orientar esta utente?
8.
Criança, sexo masculino, 6 anos, saudável, com PNV atualizado. Vem a consulta aberta porque iniciou febre, odinofagia, cefaleia e vómitos há 2 dias, de forma súbita. Hoje apareceu-lhe um exantema eritematoso generalizado que, ao exame objetivo, tem consistência áspera e desaparece à digitopressão. Verifica também alteração da cor da lingua (imagem anexa). Nega alteração de hábitos alimentares ou medicamentosos. Antes de avançar com o exame objetivo, qual o diagnóstico que pondera como mais provável?
9.
Lactente, sexo masculino, 4 meses, gestação vigiada e parto eutócito sem intercorrências, apgar 9-10-10. Vem a consulta aberta trazido pelo Pai por apresenta eritema no períneo que se extende às nádegas e coxas. Ao exame objetivo destaca-se a presença de eritema de cor vermelho vivo com presença de lesões satélites adjacentes. Verifica também que o eritema se mantém nas pregas glúteas. Sem outras alterações. Como orientar?
10.
Utente, sexo masculino, 53 anos, IMC 28 kg/m2, fumador 15 UMA, perfil de consumo de alcoól “binge drinking”. Tem como antecedentes hipertensão arterial, dislipidemia, úlcera péptica (diagnóstico há 2 anos) e acidente isquémico transitório (episódio de urgência há 3 anos). Encontra-se sob enalapril+hidroclorotiazida 40+25 mg, aspirina 150 mg e atorvastatina 40 mg. Vem a consulta aberta por dor de início súbito durante a madrugada de hoje, referido à base do hálux direito que limita a sua capacidade para deambular. À observação verifica presença de eritema com rubor na base do hálux direito (ver imagem anexa). Como orientar este utente?
11.
Utente, sexo feminino, 52 anos, IMC 33 kg/m2, não fumadora, antedentes de hipertiroidismo tendo realizado tratamento com iodo radioativo há 3 meses. Último controlo analítico há 2 meses, em eutiroidismo. Hipertensa, com bom controlo tensional sob perindopril+indapamida 4+1,25 mg. A utente vem a consulta de vigilância de hipertensão. Mantém um bom controlo tensional (134/78 mmHg, FC 55) e traz um ECG com resultado normal, havendo somente referência a intervalo QTc que ultrapassa ligeiramente o limite superior do normal. A utente aproveita a consulta para referir: “Doutor, não sei o que se passa comigo, mas sinto-me diferente. Parece que tenho menos concentração para fazer a minha rotina e sinto-me mais irritada do que o habitual. Também comecei a sentir cãibras nas pernas e formigueiros nas mãos e nos pés desde há 1 mês que melhoram ligeiramente com umas ampolas de magnésio que me indicaram na farmácia.” Tendo em conta as queixas da utente, qual a abordagem que considera mais relevante para esclarecer o quadro clínico?
12.
Utente, sexo feminino, 35 anos, G0P0, fumadora 10 UMA, atualmente consome cerca de 5 cigarros por dia. Não faz qualquer medicação. Tem implante contraceptivo subdérmico colocado há 2 anos. Utente veio a consulta há 3 meses porque após ter constatado que tinha um perfil tensional elevado, como objetivado em 5 medições na farmácia local (PA média 161/85 mmHg). Não apresentava sintomas associados, mas trazia consigo um ECG feito a nível particular que apresentava critérios para HVE. Tem história familiar de hipertensão arterial (Pai e ambos os irmãos são hipertensos, com diagnóstico em idade precoce). Nessa consulta foi solicitado a realização de MAPA assim como pedido estudo analítico com função tiroideia. A utente iniciou também terapêutica com perindopril 4 mg (1+0+0). A utente vem hoje à consulta mostrar os resultados dos meios complementares de diagnóstico. O MAPA apresenta valor médio de pressão arterial de 155/83 mmHg, apresentando um perfil tensional reverse-dipping. O estudo analítico mostra hemograma, função tiroideia, ionograma normais. Destaca-se um valor de creatinina de 1,48 mg/dL sendo que o valor basal da utente, de acordo com os registos anteriores, é de 0,60-0,90 mg/dL. O exame objetivo é normal, apresentando pressão arterial em consulta de 159/84 mmHg. Como orientar esta utente?
13.
Utente, sexo feminino, 27 anos, G0P0, sem antecedentes de relevo. Vem a consulta de pré-conceção. Pretende informar sobre a importância de realizar suplementação vitamínica no período pré-concepcional e na gravidez. Qual dos seguintes suplementos nutricionais é mais importante na prevenção de defeitos do tubo neural?
14.
Utente, sexo feminino, 65 anos, antecedentes de doença de Parkinson, enxaqueca com aura e neoplasia da mama metastizada. Na sequência dos tratamentos oncológicos, desenvolveu insuficiência hepática e renal. A utente vem a consulta aberta porque apresenta dor na região lombar, intensidade, 6/10, sem irradiação, carácter persistente, em agravamento progressivo. Já fez raio-x da coluna lombar que não identificou alterações de relevo. Decide iniciar analgesia com opioide e pondera associar metoclopramida para prevenir vómitos como efeito lateral dos opióides. Qual das patologias de base contraindica o uso da metoclopramida?
15.
Utente, sexo masculino, 70 anos, apresenta como antecedentes patológicos relevantes insuficiência cardiaca secundária a EAM aos 60 anos, HTA e dislipidemia. Vem a consulta com queixas de dispneia de esforço e edemas dos membros inferiores desde há 2 semanas. Nega tosse ou febre. Ao exame objetivo apresenta-se apirético, IMC 30 kg/m2, PA 145/85 mmHg, Sat 02 93% (em ar ambiente), auscultação cardíaca sem alterações e auscultação pulmonar com crepitações no 1/3 inferior de ambos os pulmões. Tem edema bimaleolar com godet positivo. Traz estudo analitico que confirma o diagnóstico inicial de diabetes mellitus tipo 2, ao mostrar glicose em jejum 152 mg/dL, HbA1c 8,2%, creatinina 1,0 mg/dL, TFG 75 mL/min/1.73m2, colesterol total 135mg/dL, colesterol HDL 50 mg/dL, colesterol LDL 83 mg/dl, triglicéridos 190 mg/dL. Discute com o utente necessidade de iniciar terapêutica dirigida a diabetes mellitus tipo 2. Qual das seguintes opções não prescreveria nesta consulta como terapêutica inicial?
16.
Lactente, sexo masculino, parto por cesariana sem intercorrências, apgar 9-8-8, vem à consulta de vigilância de 1 mês. A mãe está preocupada porque desde há 2 semanas que o filho começou a ficar com a pele mais amarela. Mantém aleitamento materno exclusivo e tem perceção que o filho continua a mamar bem. Ao exame objetivo o lactente apresenta icterícia da pele e mucosas. A evolução estato-ponderal é adequada, encontrando-se no percentil de peso P 50-85 e percentil de altura P 15-50. Nos registos da 1ª consulta não existe menção a icterícia. Como orientar?
17.
No desenvolvimento habitual de uma criança, qual a idade a partir da qual é esperado que se vista e dispa sozinha (incluindo capacidade para abotoar)?
18.
Utente, sexo feminino, 21 anos, G0P0, IMC 22 kg/m2, não fumadora, sem antecedentes de relevo. Vem a consulta de planeamento familiar. A utente aproveita a consulta para mostrar uma manchas brancas que tem no dorso. Tem perceção que as manchas surgiram sequencialmente há cerca de 3 anos. Está preocupado com o avanço das manchas, que embora não produzam qualquer sintoma, têm impacto negativo ao nível estético. Ao exame objetivo observa-se manchas com coloração branca de bordos bem definidos dispersas pela região dorsal e pescoço (ver imagem anexa). Qual o diagnóstico mais provável?
19.
Utente, sexo feminino, 30 anos, G2P1, grávida de 13 semanas. Nas analises do 1º trimestre apresentou resultado VDRL reativo pelo que lhe foi solicitado a realização do teste treponémico FTA-abs que vem hoje mostrar. O resultado é negativo. A grávida encontra-se assintomática e não apresenta lesões suspeitas de infecção por sífilis. Qual a opção mais correcta?
20.
Utente, sexo feminino, 32 anos, G2P1, não fumadora, grávida de 37 semanas. Gravidez vigiada na unidade de saúde, sem intercorrências. Utente vem a consulta mostrar resultado de pesquisa de Streptococcus grupo B no exsudado vaginal. Como orientar?
21.
Utente, sexo feminino, 60 anos, IMC 28 kg/m2, não fumadora. Antecedentes de dislipidemia e distúrbio de ansiedade. Vem a consulta saber se pode continuar a terapêutica hormonal de substituição que faz há quase 5 anos. Como orientar a utente?
22.
Utente, sexo masculino, 52 anos, tem antecedentes de ansiedade generalizada, doença de refluxo gastroesofágico e asma. Está medicado com venlafaxina 75 mg (1+0+0), mirtazapina 30 mg (0+0+1), domperidona 10 mg bid antes das duas principais refeições e salbutamol 100 ug em SOS. Tem feito registo da pressão arteral em ambulatório verificando que se encontra sempre acima de 140/90 mmHg. Pondera uma causa iatrogénica para a elevação da pressão arterial. Qual dos fármacos é o responsável mais provável pela elevação da pressão arterial?
23.
Utente, sexo masculino, 53 anos, sem antecedentes de relevo. Iniciou recentemente a prática de de golfe e tem jogado três vezes por semana. Vem consulta por dor no cotovelo direito. A dor agrava-se ao jogar golfe e não melhora com repouso. Tem feito AINE com melhoria dos sintomas que voltam a recorrer. Qual é o diagnóstico mais provável?
24.
Utente, sexo masculino, 16 anos, imigrante de São Tomé e Príncipe, vem a consulta por episódio de priapismo no dia anterior. Já tinha tido um episódio semelhante dois meses antes. Ambos com duração aproximada de duas horas e meia. Está assintomático. Traz estudo analítico que mostra Hb 9,8 g/dL, VGM 86 fL, CHCM 32 g/dL, leucocitos 13× 10%/L. Qual é a análise sanguínea subsequente que confirma o diagnóstico mais provável?
25.
Qual das seguintes situações constitui contraindicação para a administração de vacinas vivas?